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           O ESPORTE  
    

 

                   

HISTORIA DO CALF ROPING

Tal como acontece com o sadle bronc, equitação, o bulldog, e o team Roping, as raízes do calf roping podem ser rastreadas até o trabalho nas fazendas do velho oeste americano, quando os rancheiros tinham que laçar com uma corda os bezerros doentes ou feridos e imobilizá-los rapidamente para tratamento veterinário, ou tão somente para marcá-los.

Os rancheiros orgulhavam-se da habilidade e rapidez com que laçavam e amarravam os bezerros e logo este trabalho se tornou uma competição informal nas fazendas. Com o tempo se transformou em um evento cronometrado.

Importante ressaltar que hoje em dia este trabalho ainda é fundamental e amplamente executado nas fazendas de criação, principalmente na pecuária de corte, inclusive, obviamente no Brasil, que é um dos maiores produtores de carne bovina do mundo, sendo a maior parte desta criação extensiva, onde os animais ficam dispersos em vastas áreas de pastagem e são socorridos no próprio local em que são encontrados. Este manejo é essencial  para a boa qualidade do produto final consumido por nós nos supermercados. Muito tempo se passou desde o velho oeste americano, porém, o manejo e as técnicas inerentes a manutenção e prevenção da saúde dos animais continuam praticamente as mesmas. Em suma, "em campo" só existem duas formas de se pegar um bezerro e imobilizá-lo: no laço ou a “unha”, mas isto já seria outra história...a do bulldog outro esporte fantástico mas que falaremos numa outra oportunidade...numa outra página.

O ESPORTE CALF ROPING

O calf roping, tie-down roping ou simplesmente laço de bezerro mais comumente chamado no Brasil é uma prova praticada por apenas um laçador que deve laçar o bezerro pelo pescoço, manter a corda esticada, pular do cavalo e amarrar três patas do bezerro de forma que fique imobilizado. Um esporte onde não basta somente a habilidade do laçador, mas sim a sincronia e harmonia entre cavalo e cavaleiro.

O Calf Roping é uma prova de velocidade e precisão, nela o laçador tem pela frente a tarefa de laçar um bezerro de cerca de 120 quilos. Os bezerros são alinhados em uma fileira e movimentados através de estreitas pistas que conduzem a um brete com portas de mola. Quando um bezerro entra no brete, uma porta se fecha atrás dele e uma corda é colocada ao redor do pescoço do bezerro (pescoceira) e afixada a uma alavanca. A alavanca possui uma corda leve do tipo sisal esticado (barreira) que é estendida através do box onde o cavalo e o cavaleiro esperam e é controlada pelo pessoal do manejo que a aciona mediante um sinal do laçador autorizando a solta do bezerro, é utilizada para garantir que o bezerro saia na frente.

O cavaleiro posiciona-se devidamente montado em seu cavalo em um box próprio, à esquerda do brete onde está o bezerro que será laçado. Após ter se preparado devidamente com seu laço e sua peia (pequena corda utilizada para amarrar os pés do bezerro), o cavaleiro emite um sinal com a cabeça autorizando a solta do bezerro. A prova começa a ser cronometrada quando o bezerro rompe a barreira e é perseguido pelo laçador que sai em galope meneando o laço e com (peia) presa entre os dentes, perseguindo o bezerro solto a fim de laçá-lo, derrubá-lo e amarrá-lo. Se o laçador romper a barreira antes do bezerro, este é penalizado em mais 10 segundos no seu tempo total.

Após jogar o laço na cabeça do bezerro, o laçador desce do cavalo através de movimentos sincronizados, deslizando a mão sobre a corda até chegar ao bezerro e ao ter contato com o o animal, este deve estar em pé, caso contrário o cavaleiro deverá levantá-lo e em seguida derrubá-lo, segurando-o pelas patas e utilizando a peia amarrar três patas juntas. Enquanto isso, o cavalo, treinado, puxa lentamente a corda do laço, o suficiente para não deixar nenhuma folga, sem, no entanto, arrastar o bezerro.

Depois de amarrar as patas do bezerro o laçador deve levantar as duas mãos indicando a finalização do trabalho. Para classificar, o nó legal deverá ter pelo menos uma volta em torno das três patas e uma meia laçada.

As três patas deverão permanecer cruzadas e atadas por seis segundos. Esse tempo será contado após o competidor montar novamente em seu cavalo, fazendo com que o mesmo de um passo a frente a fim de afrouxar a corda de laço. O laço deve permanecer frouxo até que o juiz aprove o nó. Se o bezerro levantar antes que o nó tenha sido aprovado pelo juiz a apresentação do laçador será marcada como sem aproveitamento.

Vence o competidor que finalizar a prova no menor tempo possível.

Os equipamentos utilizados neste esporte são corda de laçar, corda solta e a peia, para o cavalo skid boot (pata traseira) cloche e caneleira (patas dianteiras). É determinada média de três laçadas por competidor no evento.

Hoje o laçador de bezerros deve ser um cavaleiro experiente, ter reflexos e movimentos rápidos, além de ser rápido e preciso com o laço. O sucesso desse esporte emocionante e dinâmico depende do laçador e do cavalo trabalharem em conjunto. Um passo errado do cowboy ou o cavalo pode custar alguns segundos, o que muitas vezes separa vencedores de perdedores neste evento.

Kaie Rochetto